segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Estão abertas as inscrições para o Fórum Social 10 Anos Grande Porto Alegre


Estão abertas as inscrições para o Fórum Social Mundial 10 anos – Grande Porto Alegre, que ocorre de 25 a 29 de janeiro. As atividades acontecem em Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapiranga e na Capital. A inscrição pode ser feita até 15 de janeiro pelo site. O valor de R$ 20,00 a ser cobrado servirá para custear os materiais que serão entregues no credenciamento.

No ano em que celebrará 10 anos de seu processo, o FSM não terá um evento único e centralizado e sim uma ação global. E o conjunto de atividades do FSM 10 Anos Grande Porto Alegre lançará esta série de ações, que se dará de forma permanente ao longo de todo o próximo ano, através de eventos em várias partes do mundo.

Saiba como se dará o FSM 2010: eventos, locais, propostas - http://www.forumsocialmundial.org.br/noticias_01.php?cd_news=2654&cd_language=1

Prêmio Cultura Hip Hop - Preto Ghoez


Considerando a enorme e crescente influência do movimento Hip Hop no cenário cultural brasileiro, especialmente junto aos jovens que vivem nas periferias dos grandes centros urbanos, o Ministério da Cultura iniciou um diálogo com o segmento para formulação de políticas públicas.

Com o objetivo de valorizar, fortalecer e divulgar as expressões culturais do hip hop no Brasil, o edital premiará 128 iniciativas culturais, totalizando um investimento de R$ 1.748 mil.

Categorias:

Reconhecimento: Personalidades ou entidades importantes para o desenvolvimento da cultura Hip Hop.

Sócio-Educativa – Escola de Rua: Iniciativas que já existem e que visem a utilização dos elementos do hip hop em ações sócio-educativas, através de oficinas e arte-educadores.

Geração de Renda: Iniciativas que visem a soluções que gerem renda. Por exemplo, distribuição de Cds e Dvds, oficina de moda, oficina de serigrafia, etc.

Difusão/Conhecimento (5° Elemento): Iniciativas que visem a realização de encontros, seminários ou painéis que reúnam atores do hip hop, ou à projetos que visem a produção de mídias para a difusão do hip hop. Por exemplo: jornais, fanzines, programas de rádios comunitárias, documentários, sítios de internet, etc.

Difusão Menções Honrosas: Valorizar as iniciativas que incorporem, associem, incentive o intercâmbio com outras formas artísticas à cultura hip hop, em particular das expressões culturais afrodescendentes.

Menção Honrosa: Inovação: Iniciativas socio-educativos que incorporam novos elementos à cultura de rua, além dos 4 elementos.

Menção Honrosa: Diáspora: Prêmio concebido a iniciativas que contribuam ativamente para a difusão/compreensão do significado da diáspora, por meio da difusão de informação ou a incorporação de outras formas artísticas negras à cultura hip hop.

Parceria: Secretaria de Cidadania Cultural (SCC) e Secretaria de Políticas Culturais (SPC)

Contatos da Secretária de Identida Cultural: http://www.cultura.gov.br/site/2009/08/28/contatos/
Governo Federal

sábado, 26 de dezembro de 2009

Meio Século - Literatura popular periférica


Bem vindo ao epicentro dos destros
Gigantes ondas privativas que varrem todos os hemisférios
Locam e não compram automóveis de uso público
E em licitações amigáveis dividem os lucros
Que luxo! Quantos quilates têm sua privada?
Em seu frigobar só água mineral, e não encanada.
Tipo aquela mesma que passa por algum colégio
No rótulo. Beba esta junto ao remédio
Ordem e progresso, mas progresso para os ricos.
Ordem para os pobres em sua fila rumo ao precipício
O mesmo onde é jogado o lixo hospitalar
Se não morrerem na queda, ainda há a chance de se contaminar.
Deixa pra lá... Em jornais não vejo isto estampados
Mas é claro o governo é fabricante de jornais de 25 centavos
Jovens com estatos, porém não são lembrados.
Pois na primeira página apareceram com seus rostos desfigurados
Páginas do diabo. A morte por uma cédula
Os mesmos que matam, retratam e arrecadam com a tragédia.
Largue sua terra. Bem vindo à dinastia do medo
Falta médico, equipamento e até mesmo leito.
Um alto preço... Condução, sucatas paulistas.
É o tétano ambulante trafegando sobre as vias
Alegria, o florão da pátria é assim.
Transportada em um trem bala de festim.

Ordem e progresso o clero no florão do planalto
Ao redor os vassalos


Vos apresento a capital da esperança sem maquiagem ou máscara
Sua face é notada em suas entradas
O ar que respiramos e a terra que pisamos são divididos por muralhas
Conforto para as aves, pau de arara para os burros de carga.
Gramas a mais, desviam a rota do líquido dos bovinos.
Vão para estômagos de outra terra e para outros intestinos
E é isso que incomoda, reflexo feio no espelho d’água
Excrementos no lago, lavadores de carro, pedintes da rodoviária.
Não se iluda com novo mundo, boa vida só discurso.
Venha se gostar do calor e belo aconchego de viadutos
Sorte sua se conseguir, pois é grande o povo.
Cuja esperança fora desviada para o entorno
Aqui as coisas são mais fáceis, caderno, farda, lápis.
Mas com a alta qualidade aproxima-se um lado do cárcere, outro das grades.
Lugar mais alto do pódio, a propaganda anuncia sua verdade.
Mas pergunte a um estudante e confira se as colocações batem
Eis o contraste. Para a alta classe película, monólogos, páginas, teclas.
Orçamento não garantido para a vizinhança em que a enxada a mão caleja
Constroem andares, piscinas, suítes.
Trocaram o pau a pique, por lona preta e madeirite.
O sofrimento mudou de endereço, deixou a caatinga, o sertão, o nordeste.
Não esperou aqui chegar, visitou cada buraco das BR´s.
Isso é apenas um trecho da realidade que não acaba, nunca some.
Somente é escondida atrás de mentiras, palácios e pontes.

Ato em defesa da Cana do reino



Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=yNinzLiiKyk

O civil e os tratores

Governo do DF e Desmatamento



Gestão Arruda agora enfrenta denúncia por desmatamento

Fonte 'O estadão'

Polêmico desde o seu lançamento, com o metro quadrado avaliado em R$ 12 mil - um dos mais caros do Brasil -, o setor Noroeste, nova área residencial do Distrito Federal, já causou seu primeiro impacto ambiental. Uma área de 600 mil metros quadrados foi desmatada esta semana no parque ecológico Burle Marx - que fica ao lado - por ordem da Novacap, companhia de urbanização de Brasília, para a construção das galerias pluviais no novo bairro.

Existe uma estreita ligação entre o Setor Noroeste, o mais lucrativo negócio imobiliário de Brasília, e os escândalos que envolvem a Câmara Legislativa - com dinheiro em meias, bolsas e cuecas. A Polícia Federal e o Ministério Público já encontraram indícios de que, para aprovar a criação do novo setor habitacional, parlamentares teriam recebido propinas de empreiteiras que atuam no ramo da construção civil, em Brasília. De acordo com informação de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo e autor das gravações que resultaram no escândalo do "mensalão do DEM", cada deputado da base governista teria recebido R$ 420 mil para votar a favor do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT). Este plano deu outra configuração às áreas rurais e urbanas de Brasília.

A denúncia do desmatamento foi feita na quarta-feira pela ONG Rodas da Paz, um grupo de ciclistas da capital que defende o uso de bicicletas como transporte alternativo, ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram), órgão também do governo do Distrito Federal, que fez a fiscalização. A obra foi embargada, a empresa Basevi, contratada por licitação para a obra, multada em R$ 250 mil e a Novacap denunciada como coautora.

De acordo com fiscais que foram ao local, praticamente toda a área de cerrado nativo que havia no parque foi destruída por tratores. A obra não tinha licença ambiental e foi feita clandestinamente, já que dificilmente obteria o documento.

O próprio parque, hoje, é bastante mal cuidado. Apesar de ser uma área de preservação, está praticamente abandonado, sem cercas ou fiscais. No entanto, ainda preserva uma das poucas áreas de vegetação nativa em Brasília.

Vendido como um bairro ecológico, com aproveitamento de água da chuva, coleta seletiva de lixo e sistemas de energia alternativos, o Noroeste tem como uma dessas atrações justamente a proximidade do parque, que deverá ser urbanizado. O desmatamento ocorrido agora vai prejudicar essa urbanização. A Novacap e a Basevi, responsáveis pelo desmatamento, foram procuradas, mas não se manifestaram.

Rap protesta contra corrupção praticada pela Direita no DF em uma só letra

A lista dos parlamentares processados

A lista dos parlamentares processados, por partido

PMDB (32)

Aníbal Gomes (PMDB-CE)
Inquérito 1396 - de natureza não informada.
Ação Penal 347 - crime de lavagem ou ocultação de bens.

Asdrúbal Bentes (PMDB-PA)
Ação Penal 481 – estelionato, captação ilícita de votos e formação de quadrilha ou bando. É resultado do Inquérito 2197, que em março de 2005, foi instaurado para apurar a troca de votos por laqueaduras de trompas – Redistribuído em 15/09/2009

Camilo Cola (PMDB-ES)
Inquérito 2836 – Captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral

Carlos Alberto Canuto (PMDB-AL)
Inquérito 2758 - corre em segredo de Justiça. Crime contra a liberdade pessoal (ameaça) e crimes eleitorais

Carlos Bezerra (PMDB-MT)
Inquérito 2500 - peculato
Inquérito 2755 - peculato, corrupção passiva e ativa

Edison Lobão Filho (PMDB-MA)
Ação Penal 496 – crime contra as telecomunicações

Edson Ezequiel (PMDB-RJ)
Inquérito 2300 - peculato, emprego irregular de verbas públicas e corrupção passiva. O processo corre em segredo de Justiça

Eliseu Padilha (PMDB-RS)
Inquérito 2097 - crime contra a administração pública/ corrupção passiva.

Flaviano Melo (PMDB-AC)
Ação Penal 435 - crime contra o sistema financeiro nacional e peculato

Geraldo Pudim (PMDB-RJ)
Inquérito 2601 - crimes eleitorais
Inquérito 2704 - boca de urna.

Gilvam Borges (PMDB-AP)
Inquérito 2674 - crimes contra a honra
Inquérito 2779 - Injúria difamação

Jackson Barreto (PMDB-SE)
Ação Penal 357 - peculato
Ação Penal 376 – peculato – redistribuído em 15/09/2009
Ação Penal 377 - peculato
Ação Penal 431 – peculato - redistribuído em 15/09/2009
Ação Penal 488 - peculato.
Ação Penal 372 - crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral
Inquérito 2247 - crimes de imprensa – PGR manifestou-se pela rejeição da queixa. Caso ainda será julgado pelos ministros
Inquérito 2629 - crimes eleitorais (boca de urna)

Jader Barbalho (PMDB-PA)
Ação Penal 336 – emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Ação Penal 339 – crimes contra o sistema financeiro nacional
Ação Penal 397 – estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro
Ação Penal 498 – peculato
Ação Penal 398 – peculato.
Ação Penal 374 – emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Inquérito 2051 – crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral.
Inquérito 2760 – formação de quadrilha, crime contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro. Corre em segredo de Justiça
Inquérito 1332 – crime contra a administração pública

João Magalhães (PMDB-MG)
Inquérito 2427 - crime contra a Lei de Licitações

Jurandil Santos (PMDB-AP)
Inquérito 2709 - crime contra a Lei de Licitações

Laerte Bessa (PMDB-DF)
Inquérito 2661 - peculato (aguardando recebimento da denúncia)

Leomar Quintanilha (PMDB-TO)
Inquérito 2274 – formação de quadrilha ou bando, crimes contra ordem tributária, crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos ou valores

Leonardo Quintão (PMDB-MG)
Inquérito 2792 - crimes eleitorais

Luiz Bittencourt (PMDB-GO)
Inquérito 2835 – Peculato

Marcelo Castro (PMDB-PI)
Inquérito 2332 - crime contra a honra, injúria

Michel Temer (PMDB-SP)
Inquérito 2747 - crimes contra o meio ambiente e o patrimônio genético

Natan Donadon (PMDB-RO)
Ação Penal 396 - peculato e crime contra a Lei de Licitações
Inquérito 2494 - crimes eleitorais.

Nelson Bornier (PMDB-RJ)
Inquérito 2137 – crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores
Inquérito 2168 – crime contra a lei de Licitações
Inquérito 2177 – crime da lei de licitações
Inquérito 2655 – crimes de responsabilidade, crime contra a Lei de Licitações

Olavo Calheiros (PMDB-AL)
Inquérito 2426 – crimes contra o meio ambiente e o patrimônio genético
Inquérito 2695 – crime de competência

Osvaldo Reis (PMDB-TO)
Inquérito 2274 - formação de quadrilha ou bando, crimes contra a ordem tributária, crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores. Corre em segredo de justiça.

Romero Jucá (PMDB-RR)
Inquérito 2663 – captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral

Solange Almeida (PMDB-RJ)
Inquérito 2664 - crime de responsabilidade, atribuídos a gestão como prefeita
Inquérito 2726 - crime de responsabilidade, atribuídos a gestão como prefeita
Inquérito 2834 – crimes praticado contra a administração pública. Emprego irregular de verbas ou rendas públicas

Valdir Raupp (PMDB-RO)
Ação Penal 358 – peculato
Inquérito 2027 – crimes contra o sistema financeiro nacional
Inquérito 2442 - crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral
Ação Penal 383 – crimes contra o sistema financeiro nacional

Wellington Salgado de Oliveira (PMDB-MG)
Inquérito 2628 – apropriação indébita previdenciária, crimes contra a ordem tributária (IRPF)
Inquérito 2634 - apropriação indébita previdenciária, crimes contra a ordem tributária (IRPF)
Inquérito 2800 – apropriação indébita previdenciária, sonegação de contribuição previdenciária

Wladimir Costa (PMDB-PA)
Ação Penal 415 – crimes de imprensa/ crimes contra a honra
Ação penal 474 – crimes de imprensa/ crimes contra a honra
Inquérito 2312 – não tem a natureza informada e corre em sigilo.

Zé Gerardo (PMDB-CE)
Ação Penal 403 – crimes de responsabilidade, durante gestão como prefeito (prestação de contas do mandato)
Ação Penal 409 – crimes de responsabilidade, durante gestão como prefeito
Ação Penal 434 – crimes de responsabilidade
Inquérito 2307 – crimes de responsabilidade
Inquérito 2336 – crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores
Inquérito 2645 – crimes contra o meio ambiente e o patrimônio genético (c/ parecer da PGR pela extinção da punição)
Inquérito 2847 – crimes de lavagem ou ocultação de bens
Inquérito 2846 – crimes de lavagem ou ocultação de bens

DEM (22)

Abelardo Lupion (DEM-PR)
Ação Penal 425 - crime eleitoral

Alberto Fraga (DEM-DF)
Inquérito 2845 – crime contra a honra

Alceni Guerra (DEM-PR)
Ação Penal 433 - crime da Lei de Licitações
Ação Penal 436 - crime contra a fé pública/ falsificação de documento público
Ação Penal 451 - crimes da Lei de Licitações, durante mandato como prefeito

Arolde de Oliveira (DEM-RJ)
Inquérito 2798 - Crimes contra o sistema financeiro nacional, crimes contra a ordem tributária

Bispo Gê Tenuta (DEM-SP)
Inquérito 2639 - improbidade administrativa

Cassio Taniguchi (DEM-PR)
Ação Penal 445 - crimes da Lei de Licitações.
Ação Penal 503 - crimes de responsabilidade, por conta de gestão à frente de prefeitura
Inquérito 1814 - improbidade administrativa.
Inquérito 1957 – crime da Lei de Licitações
Inquérito 2850 – crime da Lei de Licitações
Está licenciado. É secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do governo do Distrito Federal



Clóvis Fecury (DEM-MA)
Inquérito 2058 - crime contra a ordem tributária, por falta de recolhimento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
Inquérito 2447 - crime contra o meio ambiente

Eduardo Sciarra (DEM-PR)
Inquérito 2610 - por captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral. A apuração tramita em segredo de Justiça

Fernando de Fabinho (DEM-BA)
Inquérito 2656 - crimes eleitorais (transporte em dia de eleição)
Inquérito2684 - crime de responsabilidade

Francisco Rodrigues (DEM-RR)
Inquérito 2459 - por crimes contra a administração pública em geral
Inquérito 2250 - por crime contra a Lei de Licitações. Corre em segredo de Justiça.

Jairo Ataíde (DEM-MG)
Ação Penal 432 - crimes de responsabilidade, durante gestão como prefeito
Ação Penal 450 - crimes de responsabilidade, durante gestão como prefeito
Ação Penal 467 - crime de responsabilidade (com relação à lei de Licitações). Teve os autos baixados à 2ª Vara criminal da Comarca de Montes Claros, mas, em março de 2009, com a reassunção do parlamentar, retornou ao STF e permanece ativa

Jayme Campos (DEM-MT)
Inquérito 2799 - formação de quadrilha ou bando, lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores e crime contra a Lei de Licitações
Ação Penal 460 - uso de documento falso
Inquérito 2804 - crimes de responsabilidade durante gestão em prefeitura
Inquérito 2830 - crimes de responsabilidade durante gestão em prefeitura como emprego irregular de verbas ou renda pública.

Jerônimo Reis (DEM-SE)
Inquérito 2614- crime de responsabilidade/crime da lei de Licitações
Inquérito 2633 - crimes contra a honra/crimes de imprensa.

Jorginho Maluly (DEM-SP)
Inquérito 2761- peculato e crime da lei de licitações. Este corre em segredo de Justiça.

Júlio César (DEM-PI)
Inquérito 2239 - formação de quadrilha ou bando e peculato

Lira Maia (DEM-PA)
Ação Penal 484 – crime de responsabilidade durante gestão em prefeitura. Inquérito 2578 – crime de responsabilidade, durante mandato como prefeito
Ação Penal 517 – crime de responsabilidade, durante mandato de prefeito
Ação Penal 518 – crime de responsabilidade, durante mandato de prefeito
Inquérito 2742 – crime de responsabilidade, durante mandato como prefeito.

Luciano Pizzatto (DEM-PR)
Ação Penal 490 - apropriação indébita previdenciária

Márcio Junqueira (DEM-RR)
Inquérito 2703 - furto qualificado, estelionato

Nilmar Ruiz (DEM-TO)
Inquérito 2732 - crime da Lei de Licitações.

Paulo Magalhães (DEM-BA)
Inquérito 2311 - lesões corporais (com parecer da PGR pelo arquivamento)


Rosalba Ciarlini (DEM-RN)
Inquérito 2646 – Crimes de responsabilidade durante gestão como prefeita

Vitor Penido (DEM-MG)
Inquéritos 2483 - crime contra a Lei de Licitações
Inquérito 2482 - crime contra a Lei de Licitações

Saiba mais em: HTTP://CONGRESSOEMFOCO.IG.COM.BR

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Descaso do GDF com a Conferência de Comunicação


Brasília, 30 de outubro de 2009

A Comissão Pró-Conferência de Comunicação do Distrito Federal (CPC-DF) vem a público repudiar a demora do Governo do Distrito Federal (GDF) em convocar a primeira reunião da Comissão Organizadora da Conferência de Comunicação do DF (Confecom-DF). A conferência no Distrito Federal foi convocada por ato oficial do GDF para o próximo dia 6, 7 e 8 de novembro. No entanto, a realização nesta ou em nova data está ameaçada. O GDF foi procurado sucessivas vezes pela CPC-DF, tendo apresentado justificativas insuficientes para a paralisação do processo.

Os movimentos sociais, populares, sindicais, negr@s, estudantis e LGBTT estão mobilizados, realizando conferências livres e reuniões preparatórias. Não iremos aceitar que o DF seja a única unidade da federação a não realizar a etapa local, justamente na cidade que será a sede da Conferência Nacional de Comunicação, em dezembro. Prestes a completar 50 anos, em campanha para as festividades, Brasília precisa rever suas políticas públicas para uma comunicação democrática, participativa e plural.

Em vários momentos da construção da Confecon-DF, o GDF demonstrou falta de vontade política para o debate, tendo reduzido a lista de representantes da sociedade civil na COE-DF sem consulta aos movimentos sociais. Ao retardar a realização da Confecon-DF, o GDF mostra estar refém de setores do empresariado, que temem a perda de recursos publicitários públicos e as mudanças na regulamentação de concessões de rádio e TV.

Entidades empresariais, como a Abert, que saíram do processo de construção da Conferência Nacional de Comunicação, tem pressionado os governos pela não realização de conferência em vários locais, inclusive no DF, em clara demonstração de cerceamento da liberdade de expressão e formulação participativa de políticas públicas.
Para garantir a Confecon-DF, a CNPC-DF irá:

- Aguardar até terça que o GDF convoque e realize a primeira reunião da Comissão Organizadora da Conferência de Comunicação do DF;

- Caso isso não aconteça, a CPC-DF reivindica que a Comissão Organização da Conferência Nacional de Comunicação assuma na quarta-feira, dia 4, a realização da Confecon-DF, garantindo recurso e infra-estrutura, com a primeira reunião da comissão organizadora ocorrendo já na quinta-feira.

A Comissão Pró-Conferência de Comunicação do Distrito Federal (CPC-DF) reafirma seu compromisso público com a realização da Confecon-DF, de forma livre, ampla e participativa, de maneira a permitir o diálogo e a aprovação de propostas da sociedade civil para as políticas públicas de comunicação locais e nacionais.

Atenciosamente,

Comissão Pró-Conferência de Comunicação do Distrito Federal

Abraço-DF, Campanha “Quem financia a baixaria é contra a cidadania”, Central de Movimentos Populares (CMP-DF), CUT-DF, Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-DF), Conselho Regional de Psicologia (CRP-DF), Consulta Popular, DCE-UnB, Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos), Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, Movimento Democracia Direta, Movimento Negro Unificado (MNU), Projeto de Comunicação Comunitária da UnB, Rádio Laboratório de Comunicação Comunitária (Ralacoco), Setorial de Cultura do PT-DF, Sindicato dos Arquitetos do DF, Sindicato dos Bancários do DF, Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF (SJPDF), Sindicato dos Radialistas do DF, Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (SINTFUB), SINDPD-DF, Sindjus-DF, Unicom, Federação Brasília e Entorno de Umbanda e Candomblé, Sapataria, Cacom-UnB, Rede de Educação Cidadã-DF, Laboratório de Políticas em Comunicação da UnB (Lapcom), FNDC-DF, UNE.

sábado, 1 de agosto de 2009

Jovens de Samambaia em campanha




Samambaia tem enorme representatividade no Hip Hop distrital e nacional. Pensando em dança, 10 jovens da cidade estão em campanha para arrecadarem fundos para pagarem suas inscrições na maior batalha de breaking do Brasil – Batalha do ano, realizado em São Paulo. O valor necessário é R$ 1.800,00 pagando assim a inscrição, participação de workshop, hospedagem e alimentação.

Neste intuito já conseguiram o transporte DF - SP, e irão realizar no próximo dia 02 de agosto, a partir das 14hs na Qr 406 de Samambaia norte a 2ª edição do evento 'Mutirão Hip Hop Solidário', onde acontecerão duelos de dança e Rap, oficina de grafite, mostra de fotografias, e atividades recreativas. O evento serve como contrapartida publicitária às organizações e empresas que patrocinarem os jovens.

Estes jovens - estudantes e desempregados - sonham em participar deste evento não por promoção pessoal, premiação ou estatus, mas sim por representar a cidade e seus 240 mil habitantes. Tais habitantes que não desfrutam de teatro ou centro cultural. Assim perguntamos: Onde estes jovens treinam? Onde desenvolvem-se artisticamente? Em uma ocasião, enquanto treinavam em uma calçada de uma loja de materiais de construção, foram assaltados. Além de não terem espaço para treinarem ficaram sem som, celular, toca, tênis, bicicleta... A partir da organização e trabalhos sociais conseguiram espaços em escolas onde treinam e ministram oficinas e Ong's da cidade.

Dentro do exposto, fica o pedido. Que cada um e cada uma contribuam com a quantia que puderem... Participem do evento e tragam suas contribuições, chamem os mesmos para se apresentarem em sua escola, igreja, organização onde atua.

Original Stylers, Black Star, Markão Aborigine, Coletivo ArtSam.
Contatos
Priscilla - pri_sila22k@hotmail.com

Vídeo do 5 Encontro Distrital da Rede

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Etapa Distrital da Conferencia de Segurança Pública


Etapa Distrital da Conferência de Segurança Pública
Data: 26/6/2009

A 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública é um instrumento participativo que busca o fortalecimento do processo democrático e a ampliação do exercício da cidadania. Tem como objetivo geral definir princípios e diretrizes orientadoras da Política Nacional de Segurança Pública, com a participação da sociedade civil, trabalhadores da área de segurança pública e poder público, visando efetivar a segurança como direito fundamental.
A Etapa Distrital será realizada de 16 a 18 de julho de 2009, no Colégio Militar de Brasília, convocada por decreto do Governador José Roberto Arruda e terá caráter eletivo para a Etapa Nacional. Constitui-se em um mecanismo de diálogo e participação social no campo da segurança pública, criando e estimulando o compromisso e a responsabilidade da sociedade civil e órgãos do poder público na efetivação da segurança com cidadania.
Ocorrerão debates em todas as regiões administrativas e serão eleitos, entre os meses de junho e julho, os representantes do Distrito Federal para participarem da Etapa Nacional, momento em que serão apresentadas as propostas para a Política Nacional de Segurança Pública. Os eleitos nesta etapa obedecerão à proporcionalidade tripartite, sendo 40% de representantes da sociedade civil, 30% de representantes dos trabalhadores da área de segurança pública e 30% de representantes do Poder Público.

sábado, 16 de maio de 2009

“A informação é negada como direito ao povo”

Ligado ao núcleo de comunicação da Rede de Educação Cidadã no Distrito Federal, Marcus Aurélio Dantas da Silva, 24 anos, concedeu essa entrevista ao blog da RECID-DF. Morador de Samambaia-DF, uma das 2... cidades satélites dos Distrito Federal, e também mc do Projeto Aborígene do Hip Hop, Markão, como é conhecido, falou de experiências de comunicação popular que estão dando certo e que elas fazem um confronto com a mídia tradicional, dando voz e vez ao povo. Confira, a seguir, parte desta entrevista.

Blog: O que a comunicação popular propõe?
Marcus Aurélio Dantas da Silva: A comunicação popular comunica a liberdade que é comum a todos os seres e espécies. Todos os seres se comunicam, por exemplo, os bebês se comunicam com os pais pelo choro. Nós, em todos momentos, buscamos a liberdade, isso é uma coisa natural no homem, de se comunicar. E a educação popular vem mostrar que todos tem essa capacidade de comunicar. Ao contrário do que os donos da mídia pensam o seringueiro, o morador e moradora de rua têm um comunicar e um saber e um conhecimento da realidade.

Blog: Qual a importância da comunicação popular para a educação popular?
Markão: Quando a gente une a educação popular com a comunicação popular isso vem quebrar paradigmas e estereótipos. Isso apresenta saberes que não são nossos, socializa não para dividir mas para acrescentar. A proposta desse curso de formação em comunicação foi uma escolha, não só da coordenação, mas que todos e todas os participantes votaram, na última etapa, para que fosse esse tema. A gente ainda percebe que os movimentos sociais têm essa dificuldade de socializar as atividades, a sistematização. A comunicação vem desse ato de se comunicar entre as entidades para potencializar as ações.

Blog: Qual a diferença da comunicação popular com a grande mídia?
Markão: A Mídia hoje retrata o número de calçado que o artista da Globo tem, mostra por exemplo na novela uma Índia elitizada fora da realidade da própria Índia. Não se vê protagonistas negros nas novelas. A comunicação popular vem confrontar essa mídia dando voz e vez aqueles a quem a elite da mídia não dá. A comunicação popular é um movimento profético e libertador, que aproveita a sabedoria e cultura populares, como por exemplo: Hip Hop e outros. Ela não distorce a informação que é dada, mas faz uma análise de conjuntura com base na realidade de cada um.

Blog: Como a comunicação pode fortalecer a Educação popular? E quais têm dado certo?
Markão: Existem várias linhas de comunicação Popular mais o que é mais forte é o resgate das experiências de vida. A comunicação dentro da educação popular ajuda a mobilizar e integrar as ações desenvolvidas. Muitos mártires só são conhecidos após a sua morte. O papel da Rede é dar visibilidade aos lutadores em vida. Hoje o poder não é o dinheiro é a informação, que é negada ao povo como direito. Existem várias experiências que estão dando certo como: blogs, software livres, rádios comunitárias, como a Rádio Favela em Belo Horizonte, fanzines, jornais comunitários e programas de rádio web. De forma ainda tímida a Recid vem se apropriando dessas alternativas para se comunicar.

Repórteres: Calimério Júnior, Carleane Fernandes de Sousa e Jacqueline Chaves.

Participantes avaliam o encontro de mística e comunicação popular




Segundo o participante Pedro Cesar Batista, 45 anos, jornalista e assessor de comunicação do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), que congrega mais de 600 organizações que atuam na Amazônia Legal, esse encontro ajuda a resgatar a esperança e fortalece a utopia na construção de um mundo mais justo, humanista e fraterno.
A formação é importante sobretudo para não deixar que a juventude seja manipulada pelos valores burgueses propagados diariamente pela mídia, afirma. “Foi um dia no qual aprendi bastante e poderei contribuir de uma maneira mais qualificada junto aos meus companheiros(as)”, diz.
Para ele, que cristão e católico e também marxista, o debate sobre a mística considera que uma coisa não contradiz a outra pois o sonho tanto do marxismo quanto do cristianismo é o mesmo. “A mística é a energia que alimenta a luta por um mundo novo”,afirmou.
Naila Rodrigues Carvalho, 16 anos, estudante e membro da Pastoral da Juventude Zacariana, tinha expectativas para conhecimento pessoal e para ajudar o movimento no qual participa.
Para Alex Matins Silva, 28 anos, educador popular, da Família Hip Hop e membro do núcleo de comunicação da Recid-DF, o curso foi bacana porque ajudou a esclarecer o que a vivência da mística e da comunicação popular empodera a comunidade. Ele disse que o conhecimento nas oficinas vai ajudar e melhorar a comunicação na Recid-DF.

Educadores(as) populares do DF e entorno aprofundam os temas mística e comunicação popular

Com o tema “Mística e Comunicação Popular”, a Rede de Educação Cidadã, no Distrito Federal, realizou a 3ª etapa do curso de formação de educadores, nos dias 16 e 17 de maio, na Casa de Retiro Assumpção, em Brasília-DF, com aproximadamente 35 participantes.

Segundo Silvia Regina Brandão Salim, 37 anos, educadora popular e membro da coordenação executiva da Recid no DF, o objetivo deste curso é capacitar e formar novas lideranças e fortalecer o trabalho dos(as) educadores(as).

Resultado de um planejamento da Rede no DF, esse curso foi pensado em três etapas, sendo que os educadores já aprofundaram os temas “Projeto Popular para o Brasil e Projeto Político Pedagógico da Recid” e a “Metodologia da Análise de Conjuntura” nas etapas anteriores.

Além de aprofundar o conceito de mística, os educadores, na 3ª etapa, participaram de oficinas de comunicação popular: estêncil e grafite, texto informativo e rádio comunitária.

Marcel Franco Araújo Farah, 26 anos, educador popular e membro do Talher Nacional, ressalta que o mais importante, com cursos como esse, é que a Recid seja um instrumento para fortalecer os movimentos sociais e populares. “Esse curso também é para ajudar a melhorar a comunicação dentro e fora da Recid”, afirmou. Para o membro do Talher Nacional, a mística, como ajudou a aprofundar o encontro, faz parte de todo o processo a ser vivido na Rede.

O facilitador da oficina de rádio comunitária, Francisco Sérgio Nogueira Filho (Chico Nogueira), 42 anos, músico do grupo Mambembricantes, disse que quando a comunidade e o povo assumem para si tarefa de produzir a comunicação é uma forma deles próprios contarem a sua história. “A comunicação é fundamental para a libertação das comunidades que são oprimidas”, disse.

Diferentes grupos e movimentos sociais participaram deste encontro: hip hop, pastoral da juventude Zaccariana, Casa de Moisés, Ninhos dos Artistas, Vida e Juventude, Mambembrincantes, Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, Associação de Moradores Força e União, Família Hip Hop, Maracatu e Côco do Cerrado, Rede e Grupo de Trabalho Amazônico.

Repórteres: Cícera Ribeiro da Silva, Kátia Fernandes de Paula, Katiane Fernandes de Paula, Núbia Kênia da Silva Damasceno

terça-feira, 5 de maio de 2009

Origem do 1º de Maio

Um dia de rebelião, não de descanso! Um dia não ordenado pelos indignos porta-vozes das instituições, que trazem os trabalhadores encadeados! Um dia no qual o trabalhador faça suas próprias leis e tenha o poder de executá-las! Tudo sem o consentimento nem a aprovação dos que oprimem e governam. Um dia no qual com tremenda força o exército unido dos trabalhadores se mobilize contra os que hoje dominam o destino dos povos de todas as nações.
Um día de protesto contra a opressão e a tirania, contra a ignorância e as guerras de todo tipo. Um día para começar a desfrutar de oito horas de trabalho, oito horas de descanso e oito horas para o que nos der gana.
(Panfleto que circulava em Chicago em 1885)

4 de maio de 1886, Praça de Haymarket, ChicagoA cada ano, o 1o de Maio rememora o assassinato de cinco sindicalistas norte-americanos, em 1886, numa das maiores mobilizações operárias celebradas naquele país, reivindicando a jornada laboral de oito horas.

Em julho de 1889, o I Congresso da II Internacional acordou celebrar o 1o de Maio como jornada de luta do proletariado de todo o mundo e adotou a seguinte resolução histórica: “Deve organizar-se uma grande manifestação internacional numa mesma data de tal maneira que os trabalhadores de cada um dos países e de cada uma das cidades exijam simultaneamente das autoridades públicas limitar a jornada laboral a oito horas e cumprir as demais resoluções deste Congresso Internacional de Paris”.

Como em outras partes do mundo, a situação dos trabalhadores nos Estados Unidos no final do século XIX era muito difícil. Sem embargo, emigrantes de diversos países europeus iam para lá em busca de uma melhor situação econômica. Em 1886, um escritor estrangeiro retratou Chicago assim: “Um manto abrumador de fumo; ruas cheias de gente ocupada, em rápido movimento; um grande conglomerado de vias ferroviárias, barcos e tráfico de todo tipo; una dedicação primordial ao Dólar Todo-poderoso”. Era uma cidade com um proletariado de imigrantes, arrastado pelo capitalismo para a periferia duma cidade industrial. A grande maioria dos proletários, especialmente em cidades como Chicago, eram da Alemanha, da Irlanda, da Boêmia, da França, da Polônia ou da Rússia. Ondas de operários lançados uns contra os outros, comprimidos em tugúrios e açodados por guerras étnicas. Muitos eram camponeses analfabetos, mas outros já estavam temperados pelas lutas de classes.

No inverno de 1872, um ano depois da Comuna de Paris, em Chicago, milhares de operários sem lar e famintos por causa do grande incêndio, fizeram manifestações pedindo ajuda. Muitos levavam cartazes nos quais estava inscrita a consigna “Pão ou sangue”. Receberam sangue. A repressão policial os obrigou a refugiar-se no túnel sob o rio Chicago, onde foram tiroteados e golpeados.

Em 1877, outra grande onda de greves se estendeu pelas redes ferroviárias e desatou greves gerais nos centros ferroviários, entre eles Chicago, onde as balas da polícia dispersaram as enormes concentrações de grevistas daquele ano.

Daquelas lutas nasceu uma nova direção sindical, especialmente de imigrantes alemães, conectados com a I Internacional de Marx e Engels. O proletariado alemão tinha uma contagiosa consciência de classe: aprendida, moldada por uma experiência complexa, profundamente hostil ao capitalismo mundial. Como todos os revolucionários, eram odiados, temidos e difamados ao mesmo tempo. A seu lado estava um lutador oriundo dos Estados Unidos, Albert Parsons. Assim se deu uma fusão da experiência política de dois continentes, do tumulto da Europa e do movimento contra a escravidão dos Estados Unidos. Nos agitados anos da emancipação dos escravos, Parsons fora um republicano radical que havia desafiado a sociedade texana burguesa casando-se con uma escrava mestiça liberta, Lucy Parsons, que chegou a ser uma figura política por si mesma. Albert Parsons militou muito tempo na Liga das Oito Horas, mas até dezembro de 1885 escrevera em seu jornal Alarma: “A nós, da Internacional [fazia referência à anarquista IWPACOR] nos perguntam com frequência por que não apoiamos ativamente o movimento da proposta de oito horas. Coloquemos a mão naquilo que podemos conseguir, dizem nossos amigos das oito horas, por que se pedimos demais poderíamos não receber nada. Contestamos: porque não fazemos compromissos. Ou nossa posição de que os capitalistas não têm nenhum direito à posse exclusiva dos meios de vida é verdade ou não é. Se temos razão, reconhecer que os capitalistas têm direito a oito horas de nosso trabalho é mais que um compromisso; é uma virtual concessão de que o sistema de salários é justo”. A imprensa anarquista sustentava: “Ainda que o sistema de oito horas se estabelecesse nesta tardia data, os trabalhadores assalariados... seguiriam sendo os escravos de seus amos”.

Após recuperar-se dos acontecimentos de 1877, o movimento operário se propagou como um incêndio incontrolável, especialmente quando se concentrou na demanda da jornada de oito horas.

Naquela época, havia duas grandes organizações de trabalhadores nos Estados Unidos. A Nobre Orden dos Cavalheiros do Trabalho (The Noble Orden of the Knights of Labor), majoritária, e a Federação de Grêmios Organizados e Trade-uniões (Federation of Organized Traders and Labor Union). No IV Congresso desta última, celebrado em 1884, Gabriel Edmonston apresentou uma moção sobre a duração da jornada de trabalho, que dizia: “Que a duração legal da jornada de trabalho seja de oito horas diárias a partir do 1o de Maio de 1886”. A moção foi aprovada e se converteu numa reivindicação também para outras organizações não afiliadas ao sindicato.

No 1o de Maio de 1886, os trabalhadores deviam impor a jornada de oito horas e fechar as portas de qualquer fábrica que não a aceitasse. A demanda de oito horas se transformaria, de uma reivindicação econômica dos trabalhadores contra seus patrões imediatos, na reivindicação política duma classe contra outra.

O plano recebeu uma tremenda e entusiástica acolhida. Um historiador escreve: “Foi pouco mais que um gesto que, devido às novas condições de 1886, se converteu numa ameaça revolucionária. A efervescência se estendeu por todo o país. Por exemplo, o número de membros da Nobre Ordem dos Cavalheiros do Trabalho subiu de 100.000 no verão de 1885 para 700.000 no ano seguinte”.

O movimento das oito horas recebeu um apoio tão caloroso porque a jornada de trabalho típica era de 18 horas. Os trabalhadores deviam entrar na fábrica às 5 da manhã e retornavam às 8 ou 9 da noite; assim, muitos trabalhadores não viam sua mulher e seus filhos à luz do dia. Os operários, literalmente, trabalhavam até morrer; sua vida era conformada pelo trabalho, por um pequeno descanso e pela fome. Antes que os trabalhadores como classe pudessem levantar a cabeça em direção a horizontes mais distantes, necessitavam momentos livres para pensar e formar-se.
Nas ruas, trabalhadores rebeldes cantavam:

Nós propomos refazer as coisas.
Estamos fartos de trabalhar para nada,
escassamente para viver,
jamais uma hora para pensar.

Antes da primavera de 1886 começou uma onda de greves em escala nacional. “Dois meses antes do 1o de Maio”, escreve um historiador, “ocorreram repetidos distúrbios [em Chicago] e se viam com frequência veículos cheios de policiais armados que corriam pela cidade”. O diretor do Chicago Daily News escreveu: “Se predizia uma repetição dos motins da Comuna de Paris”.

Em fevereiro de 1886, a empresa McCormick, de Chicago, despediu 1.400 trabalhadores, em represália a uma greve que os trabalhadores da empresa, dedicada a fabricar máquinas agrícolas, haviam realizado no ano anterior. Os Pinkertons, uma espécie de polícia privada empresarial, vigiavam todos os passos dos grevistas, foram contratados muitos espiões, mas a greve durou até o 1o de Maio. Ao manter-se a greve e aproximar-se a data chave que o IV Congresso havia sinalizado, ia-se associando a idéia de coordenar essas duas ações.

Nesse dia, 20.000 trabalhadores paralisaram em distintos Estados, reivindicando a jornada de oito horas de trabalho. Os trabalhadores em greve da empresa McCormick também se uniram ao protesto.

O 1o de Maio era o dia chave para exigir o novo horário; todos os comentários e expectativas estavam centralizadas naquela data, e se aproveitou mais ainda o descontentamento dos trabalhadores e a greve de Chicago.

Naquele dia os operários dos maiores complexos industriais dos Estados Unidos declararam uma greve geral. Exigiam a jornada laboral de oito horas e melhores condições de trabalho.

A imprensa burguesa reagiu contra os protestos dos trabalhadores; por exemplo, nesse mesmo dia o jornal New York Times dizia: “As greves para obrigar o cumprimento da jornada de oito horas podem fazer muito para paralisar a indústria, diminuir o comércio e frear a renascente prosperidade do país, mas não poderão lograr seu objetivo”. Outro jornal, o Philadelphia Telegram disse: “O elemento laboral foi picado por uma espécie de tarântula universal, ficou louco de remate. Pensar nestes momentos precisamente em iniciar uma greve para conquistar o sistema de oito horas...”.

Esse Primeiro de Maio de 1886 foi tão agitado como se havia prognosticado. Realizou-se uma greve geral em Wilkawee, onde a polícia matou 9 trabalhadores. Em Louisville, Filadelfia, San Luis, Baltimore e Chicago, produziram-se enfrentamentos entre policiais e trabalhadores, sendo o ato desta última cidade o de maior repercussão. Chicago, onde também estava a greve dos trabalhadores da empresa McCormick, foi o símbolo da luta e do sacrifício dos trabalhadores. Ali os acontecimentos foram especialmente trágicos. Para reprimir os grevistas, a burguesía urdiu uma provocação: em 4 de maio, na praça de Haymarket, onde se celebrava uma maciça assembléia operária, explodiu uma bomba. Era a senha para que os policiais da cidade e os soldados da guarnição local abrissem fogo contra os grevistas.

Os acontecimentos ocorridos nos Estados Unidos em maio de 1886 tiveram uma imensa repercussão mundial. No ano seguinte, em muitos países os operários se declararam em greve simultaneamente, símbolo de sua unidade e fraternidade, passando por cima de fronteiras e nações, em defesa de uma mesma causa.

Como resultado da greve, os patrões fecharam as fábricas. Mais de 40.000 trabalhadores se puseram em pé de guerra. Começou una repressão maciça não só em Chicago, principal centro do movimento grevista, senão que também por todo os Estados Unidos. A burguesia desatou uma de suas típicas campanhas de propaganda de ódio contra a classe operária e os sindicatos. Aos operários, os encarceravam às centenas.

Em 21 de junho de 1886, teve início o processo contra 31 responsáveis, que logo foram reduzidos a 8.

O sistema judicial fez o resto: passou por cima de sua própria legalidade e, sem prova nenhuma de que os acusados tivessem algo a ver com a explosão em Haymarket, ditou uma sentença cruel e infame: prisão e morte.
Prisão

• Samuel Fielden, inglês, 39 anos, pastor metodista e operário têxtil, condenado à cadeia perpétua.
• Oscar Neebe, estadunidense, 36 anos, vendedor, condenado a 15 anos de trabalhos forçados.
• Michael Swabb, alemão, 33 anos, tipógrafo, condenado à cadeia perpétua.
Morte na forca
Em 11 de novembro de 1887, consumou-se a execução de:

• Georg Engel, alemão, 50 anos, tipógrafo.
• Adolf Fischer, alemão, 30 anos, jornalista.
• Albert Parsons, estadunidense, 39 anos, jornalista, esposo da mexicana Lucy González Parsons, ainda que se tenha provado que não esteve presente no lugar, entregou-se para estar com seus companheiros e foi igualmente condenado.
• Hessois Auguste Spies, alemão, 31 anos, jornalista.
• Louis Linng, alemão, 22 anos, carpinteiro, para não ser executado suicidou-se em sua própria cela.

Aquele crime legal tinha um só objetivo: não permitir que se extendessem os protestos operários e atemorizar os operários por muito tempo. Um capitalista de Chicago reconheceu: “Não considero que essa gente seja culpada de delito algum, mas deve ser enforcada. Não temo a anarquía em absoluto, posto que se trata de um esquema utópico de uns poucos, muito poucos loucos filosofantes e, ademais, inofensivos; mas considero que o movimento operário deve ser destruído”.
Principais declarações dos processados:

-Albert Parsons: “Nos Estados do sul meus inimigos eram os que exploravam os escravos negros; nos do norte, os que querem perpetuar a escravidão dos operários”.
-August Spies: “Neste tribunal eu falo em nome duma classe e contra outra”.
-George Engel: “Todos os trabalhadores devem preparar-se para uma última guerra que porá fim a todas as guerras”.
-Adolph Fischer: “Sei que é impossível convencer os que mentem por oficio: os mercenários diretores da imprensa capitalista, que cobram por suas mentiras”.
-Luis Lingg: “Os Estados Unidos são um país de tirania capitalista e do mais cruel despotismo policialesco”.
-Michael Schwab: “Milhões de trabalhadores passam fome e vivem como vagabundos. Inclusive os mais ignorantes escravos do salário se põem a pensar. Sua desgraça comum os move a comprender que necessitam unir-se e o fazem".
-Samuel Fielden: “Os operários nada podem esperar da legislação. A lei é somente um biombo para aqueles que os escravizam”.
-Óscar Neebe: “Fiz o quanto pude para fundar a Central Operária e engrossar suas fileiras; agora é a melhor organização operária de Chicago; tem 10.000 afiliados. É o que posso dizer de minha vida operária”.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Movimento Hip Hop se Articula


Rede DF-Entorno de Hip Hop

Pastoral da Juventude e Recid promovem Semana da Cidadania


Juventude de Samambaia marcha contra a Violência
Entre os dias 13 e 17 de abril, jovens de Samambaia integrantes da Pastoral da Juventude, reuniram-se no intuito de estudarem as causas e conseqüências da violência tão presente na cidade.

Dentre as reflexões ficaram marcadas as estatísticas de que no ano de 2008 uma escola pública da cidade teve mais de 200 ocorrências de agressão física, isto para os 200 dias letivos.

Assim foram debatidos temas como: Juventude e criminalização, o que é cidadania, injustiça social gera violência, violência na escola. Sempre com oficinas participativas que partiam do saber de cada um e cada uma, com proposta de despertar o protagonismo dos mesmos e das mesmas para uma militância além dos muros paroquiais.

Por fim, no sábado reuniram-se outras pastorais, entidades sociais da cidade, grupos teatrais, Hip Hop, Conselho Tutelar, pastorais, incluindo a PJ da cidade de Planaltina, onde marcharam por vias públicas e quadras empunhando faixas, gritos de paz, e em marcha fúnebre. Empunhando um caixão, jovens protestavam, mas representavam um desejo de enterrar toda a corrupção e desigualdade social que geram as inúmeras violências mostradas na marcha como: prostituição infantil, desmatamento, drogadição, aborto, violência policial, etc.

Hoje a um debate nacional sobre a Conferência de segurança pública, onde os mesmos e mesmas, ampliando a mobilização estudam promover pré conferências na cidade, além de iniciar trabalho sistemático em escolas públicas.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Programa de formação Recid DF e Entorno

A Rede de Educação Cidadã - DF (Recid) oferece:
Curso sistemático de formação de lideranças em 3 etapas.
Objetivo: Desenvolver um processo de formação de lideranças, à luz dos pressupostos políticos, pedagógicos/metodológicos do Projeto Político Pedagógico da Recid, e de capacitação técnica para realizarem, em seus coletivos, análise de conjuntura, elaboração de projetos, mística, comunicação comunitária e sistematização de experiências.
Participar deste curso é condição para desenvolver o processo das oficinas da Recid - DF no primeiro semestre de 2009.

1ª Etapa: ( Concluída)Projeto Político Pedagógico da Recid
- Projeto Popular para o Brasil
- Pressupostos políticos/pedagógicos e metodológicos do Projeto Político Pedagógico
- Como preparar, desenvolver, registrar e prestar contas de uma oficina pedagógica
- Planejamento das oficinas
Data: 13 a 15 de março
2º Etapa: Análise de Conjuntura (Concluído)
- Como se faz uma análise de conjuntura?
- Pressupostos políticos e metodológicos da análise de conjuntura
- Exercício e vivência da análise de conjuntura
Data: 03 a 05 de abril
3º etapa: Oficinas Temáticas
- Comunicação popular
- Mística
Data: 16 e 17 de maio

Recid DF estuda Darcy Ribeiro


No dia 07 de março, a partir 08hs30min, a Rede de Educação Cidadã Df e Entorno se encontra para estudar o Povo Brasileiro. Educadores e educadoras, conforme planejamento de formação da Rede, programa para o primeiro sábado do mês, momentos de estudo, aprofundamento, análise de conjuntura e partilha das atividades realizadas. Neste primeiro assistimos o vídeo documentário Povo Brasileiro de Darcy Ribeiro, conhecendo mais profundamente nossas matrizes - Tupi, Lusa e Afro.

No intuito de formação continuada sobre pensadores e pensadoras, lutadores e lutadoras vimos apreentar breve histórico sobre o educador Darcy Ribeiro.

Darcy Ribeiro nasceu em Minas Gerais (Montes Claros, 26 de outubro de 1922), no centro do Brasil. Formou-se em Antropologia em São Paulo (1946) e dedicou seus primeiros anos de vida profissional ao estudo dos índios do Pantanal, do Brasil Central e da Amazônia (1946/1956). Neste período fundou o Museu do Índio e estabeleceu os princípios ecológicos da criação do Parque Indígena do Xingu. Escreveu uma vasta obra etnográfica e de defesa da causa indígena. Elaborou para a UNESCO um estudo do impacto da civilização sobre os grupos indígenas brasileiros no Século XX e colaborou com a Organização Internacional do Trabalho (1954) na preparação de um manual sobre os povos aborígenes de todo o mundo.
Nos anos seguintes, dedicou-se à educação primária e superior. Criou a Universidade de Brasília, de que foi o primeiro Reitor, e foi Ministro da Educação, no Gabinete Hermes Lima. Mais tarde, foi Ministro-Chefe da Casa Civil de João Goulart e coordenava a implantação das reformas estruturais quando sucedeu o golpe militar de 64, que o lançou no exílio.
A propagação de suas idéias rompeu fronteiras. Viveu em vários países da América Latina, onde conduziu programas de reforma universitária, com base nas idéias que defende em A Universidade Necessária. Foi assessor do presidente Salvador Allende, no Chile, e de Velasco Alvarado, no Peru. Escreveu neste período os cinco volumes de seus Estudos de Antropologia da Civilização ( O Processo Civilizatório, As Américas e a Civilização, O Dilema da América Latina, Os Brasileiros: 1. Teoria do Brasil e Os Índios e a Civilização), que têm 96 edições em diversas línguas. Neles propõe uma teoria explicativa das causas do desenvolvimento desigual dos povos americanos. Recebeu ainda títulos de Doutor Honoris Causa da Sorbonne, da Universidade de Copenhague, da Universidade da República do Uruguai e da Universidade Central da Venezuela.
Retornando ao Brasil, em 1976, voltou a dedicar-se à educação e à política. Elegeu-se Vice-Governador do Estado do Rio de Janeiro (1982), foi Secretário da Cultura e Coordenador do Programa Especial de Educação, com o encargo de implantar 500 CIEPs, que são grandes escolas de turno completo para mil crianças e adolescentes. Criou, então, a Biblioteca Pública Estadual, a Casa França-Brasil, a Casa Laura Alvim, o Centro Infantil de Cultura de Ipanema e o Sambódromo, em que colocou 200 salas de aula para fazê-lo funcionar também como uma enorme escola primária.
Contava entre suas façanhas maiores haver contribuído para o tombamento de 96 quilômetros de belíssimas praias e encostas, além de mais de mil casas do Rio antigo. Colaborou na criação do Memorial da América Latina, edificado em São Paulo com projeto de Oscar Niemeyer. Gravou um disco na série mexicana Vozes da América. E mereceu títulos de Doutor Honoris Causa da Sorbonne, da Universidade de Copenhague, da Universidade da República do Uruguai, da Universidade Central da Venezuela e da Universidade de Brasília (1995).
Elegeu-se Senador da República (1991), função que exerceu defendendo vários projetos, entre eles uma lei de trânsito para proteger os pedestres contra a selvageria dos motoristas; uma lei dos transplantes que, invertendo as regras vigentes, torna possível usar órgãos dos mortos para salvar os vivos; uma lei contra o uso vicioso da cola de sapateiro que envenena e mata milhares de crianças. Elaborou e fez aprovar no Senado e enviar à Câmara dos Deputados a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, sancionada pelo Presidente da República em 20 de dezembro de 1996 como Lei Darcy Ribeiro. Publicou pelo Senado a revista Carta', com dezesseis números (1991/1996),onde os principais problemas do Brasil e do mundo são analisados e discutidos em artigos, conferências e notícias.
Entre 1991 e 1992, como Secretário Extraordinário de Programas Especiais do Rio de Janeiro, ocupou-se de completar a rede dos CIEPs e de criar um novo padrão de ensino médio, através dos Ginásios Públicos. Planejou e fundou, em Campos dos Goytcazes, no Rio de Janeiro, a Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF (1994), com a ambição de ser uma Universidade do Terceiro Milênio, onde assumiu o cargo de Chanceler. Durante a Conferência Mundial do Meio Ambiente - ECO 92 - realizada no Rio de Janeiro, em 1992, implantou o Parque Floresta da Pedra Branca, numa área de 12000 hectares, para se tornar a maior floresta urbana do mundo.
Ainda no exílio, começou a escrever os romances Maíra e O Mulo e, já no Brasil, escreveu dois outros: Utopia Selvagem e Migo. Publicou Aos Trancos e Barrancos, que é um balanço crítico da história brasileira de 1900 a 1980. Publicou, também, uma coletânea de ensaios insólitos: Sobre o Óbvio e um balanço de sua vida intelectual: Testemunho. Editou, juntamente com Berta G. Ribeiro, a Suma Etnológica Brasileira. Em 1992 publicou pela Biblioteca Ayacucho, em espanhol, e pela Editora Vozes, em português, A Fundação do Brasil, um compêndio de textos históricos dos séculos XVI e XVII, comentados por Carlos Moreira e precedidos de um longo ensaio analítico sobre os primórdios do Brasil. Neste mesmo ano, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
Em 1995 lançou O Povo Brasileiro, que encerra a coleção de seus Estudos de Antropologia da Civilização, além de uma compilação de seus discursos e ensaios intitulada: O Brasil como Problema. Lançou ainda, um livro para adolescentes, Noções de Coisas, com ilustrações de Ziraldo, que recebeu, em 1996, o Prêmio Malba Tahan de Melhor Livro Informativo, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
Em 1996 publicou, pela Editora Companhia das Letras, seus Diários Índios, em que reproduz anotações que fez durante dois anos (1949/1951) de convívio e de estudo entre os índios Urubus-Kaapor, da Amazônia. Seu primeiro romance, Maíra, recebeu uma edição comemorativa de seus 20 anos, que traz resenhas e críticas de Antônio Candido, Alfredo Bosi, Moacir Werneck de Castro, Antônio Houaiss, Carmen Junqueira e outros especialistas em literatura e antropologia. Ainda neste ano, recebe o Prêmio Interamericano de Educação Andrés Bello, concedido pela OEA a eminentes educadores das Américas.
Darcy Ribeiro faleceu em 17 de fevereiro de 1997. No seu último ano de vida, dedicou-se especialmente a organizar a Universidade Aberta do Brasil, com cursos de educação a distância, para funcionar a partir de 1997, e a Escola Normal Superior, para a formação de professores de 1º grau. Organizou a Fundação Darcy Ribeiro, instituída por ele em janeiro de 1996, com sede própria, localizada em sua antiga residência em Copacabana, com o objetivo de manter sua obra viva e elaborar projetos nas áreas educacionais e culturais. Um de seus últimos projetos lançado publicamente, foi o Projeto Caboclo, destinado ao povo da floresta amazônica.
Núcleo de comunicação da Rede de educação Cidadã

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Fórum Nacional de Hip Hop / FSM 2009

Nos dias 28, 29 e 31 de janeiro aconteceu dentro do FSM 2009 realizado em Belém do Pará, o Fórum Nacional de Hip Hop, sendo uma das atividades propostas na cidade do Hip Hop, espaço voltado ao Movimento.
As discussões contaram com a presença de 14 estados, sendo eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Maranhão, Ceará, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Amazonas, Rondônia, Pará e Rio Grande do Sul. O início das discussões se deu a partir de apresentação sobre a conjuntura e histórico do movimento/entidades em cada estado.
No dia seguinte inicia-se o Fórum com uma explanação sobre os fóruns anteriores que aconteceram no Rio Grande do Sul, lamentando-se a morte de uma grande liderança, Preto Ghóez, e que com isso, encaminhamentos e participantes do Fórum foram se dispersando; Assim este novo encontro vem como proposta de reconstrução da rede, com novos e novas lideranças.
Como encaminhamentos foram criados 2 Grupos de trabalho sendo:
-Núcleo de comunicação: Circulação de materiais entre os estados como zines, mixtapes, experiências, mobilização e relatórios dos fóruns estaduais, grupo de e-mail, criação de blog e site.
-Articulação estadual: Pensar a metodologia, fortalecimentos ou criação dos fóruns estaduais bem como articulação política e com movimentos sociais.
Além dos GT’s foi encaminhado a pedido do Distrito Federal, representados por Markão (Coletivo ArtSam – Samambaia), Alex e B.boy Beiço (Família Hip Hop – Santa Maria), articuladores de Rede Distrital de Hip Hop e educadores da Rede de educação cidadã, o encontro nacional de Hip Hop a ser realizado entre janeiro e fevereiro de 2010 em Brasília.
Dentro do exposto fica o convite ás entidades e Movimento para a construção do Fórum Distrital de Hip Hop, bem como a Rede Distrital, esta que vem sendo discutida nos encontros Hip Hop Educação Cidadã realizados em Ceilândia (2006), Santa Maria (2007) e Samambaia (2008).
Hoje existe um comitê de articulação da Rede composta pelos coletivos: Aquilombando, Família Hip Hop e Coletivo ArtSam. Tal comitê iniciará neste mês um processo de sistematização das experiências realizadas pelas entidades e grupos de Hip Hop; Visitando 10 cidades, fotografando, filmando e sistematizando relatórios, no intuito de lançar um documentário e catálogo (impresso e virtual) sobre o movimento. Neste processo debate-se a Rede e apresenta-se o calendário de lutas:
Reunião com lideranças;
Encontros setoriais;
Fórum Distrital;
Encontro distrital de Hip Hop.

Sem mais para o momento nos colocamos a disposição para quaisquer dúvidas e propostas, socializando nosso e-mail: rededistritaldehiphop@gmail.com e telefone para contato 96026711, falar com Markão.